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Quem são essas mulheres

Quando analisamos o perfil das mulheres encarceradas percebe-se um padrão: a grande maioria é negra ou parda, já foram alvo de algum tipo de violência (física, sexual ou psicológica), com baixo nível de escolaridade, fruto de uma família desestruturada é presa por tráfico de drogas. A partir desse conhecimento, não se pode ignorar tal regularidade, uma vez que tratar similaridades como coincidências é uma forma extremamente simplista e incompleta de se lidar com os fenômenos sociais.​ (ISAAC; CAMPOS, 2019).

A população carcerária feminina é pouco significativa, correspondendo a mais ou menos 5,8% da população carcerária total, chama atenção o rápido crescimento da taxa das mulheres presas no brasil. Nos anos de 2005 a 2014, a taxa cresceu 10,7% no ano. O número de mulheres cresceu muito, de 2005 com 12.925 para 33.793 em 2014. (BRASIL,2014).

As prisões brasileiras apresentam a quarta maior população carcerária feminina do mundo, com cerca de 42 mil mulheres presas (INFOPEN, 2018).

De acordo com o INFOPEN (2018), “crimes relacionados ao tráfico de drogas correspondem a 62% das incidências penais pelas quais as mulheres privadas de liberdade foram condenadas ou aguardam julgamento em 2016, o que significa dizer que 3 em cada 5 mulheres que se encontram no sistema prisional respondem por crimes ligados ao tráfico”. 

O relatório do Infopen de 2012 mostra a desigualdade social que marca o perfil das mulheres presas no Brasil: 47% tinham até 29 anos, 63% eram negras e 83% não completaram o ensino médio (BRASIL, 2012b), conforme observamos a seguir: 

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O abandono familiar vivenciado após o aprisionamento é outra característica importante quando se trata dessas mulheres, no caso dos homens a situação é contrária, pois na maioria das vezes, acabam recebendo suporte financeiro e afetivo durante  cumprimento da pena (JESUS et al., 2015). Acrescente-se que o abandono familiar, relacionado ao descumprimento da garantia da visita íntima, te impacto negativo na vivência da sexualidade das mulheres privadas de liberdade, e consequentemente impactam na sua saúde e qualidade de vida (SOARES; FELIX-SILVA; FIGUEIRO,2014).

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